Vila Verde: Bienal Internacional abre espaço à liberdade criativa de jovens artistas
Atualizado em 23/11/2024XIII Bienal Internacional de Arte Jovem mostra 102 obras de 70 jovens de diferentes continentes
Valores da liberdade e da democracia reforçadas reforçados em Bienal “abrangente e inclusiva”
Com atenção redobrada nos valores da liberdade e da democracia em ano de comemoração do cinquentenário da Revolução de Abril, a XIII Bienal Internacional de Arte Jovem abriu hoje, em Vila Vede, com 102 obras selecionadas de 70 autores de diferentes continentes.
“Procuramos dar espaço e oportunidade à liberdade criativa dos jovens. Considerando que é uma organização da Câmara Municipal de Vila Verde, esta Bienal é o mais possível abrangente e inclusiva”, explicou o diretor artístico Luís Coquenão, na abertura da exposição que está patente ao público até 20 de dezembro, no Centro de Investigação e Ciências Gastronómicas.
Dos 160 projetos artísticos a concurso, o júri selecionou 102 obras de diferentes modalidades, como pintura, escultura, técnica mista, desenho, vídeo e fotografia, da autoria de jovens portugueses e de países como França, Itália, Moldávia, Brasil e China.
O júri, constituído sobretudo por artistas – alguns dos quais já vencedores de edições anteriores da Bienal –, distinguiu o jovem portuense Francisco Venâncio com o Grande Prémio Bienal Internacional de Arte Jovem, no valor de 3.000 euros, patrocinado pelo BPI/Fundação La Caixa.
O segundo prémio foi para a lisboeta Nicoleta Sandulescu, com a obra “Da série Na Casa do Corpo”. De Vila Nova Gaia, Daniela Lemos é a autora de ‘Metamorfose’ que conquistou o Prémio Revelação, patrocinado pelo IPDJ-Instituto Português do Desporto e Juventude.
O júri destacou ainda os trabalhos de cinco jovens artistas, Luísa Barros Amaral, Pedro Cunha, David Capela, Sarah Pripas e Joana Duarte, com menções honrosas que “evidenciam a enorme qualidade e a diversidade de opções criativas que a exposição congrega”.
Liberdade e criatividade
“Esta Bienal é uma demonstração de que, com critério e qualidade, fomentamos a liberdade e a criatividade”, destacou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, agradecendo o trabalho do júri, a colaboração dos parceiros patrocinadores e a “extraordinária” adesão de jovens artistas.
Enquadrada no reconhecimento geral da qualidade das obras e da exposição, a autarca lançou aos artistas participantes nesta Bienal os votos de “resistência, resiliência, persistência” para que “sejam felizes e tenham a oportunidade de realizar os seus sonhos”.
“Os jovens são também o presente, com importância redobrada no futuro. Continuem a construir o vosso ‘castelo’. De Vila Verde para todo o mundo, que a Bienal seja – como tem acontecido ao longo destes anos – a rampa de lançamento do vosso domínio artístico”, vaticinou Júlia Rodrigues Fernandes.
Perante a cerca de uma centena de pessoas que marcaram presença na abertura da exposição, a autarca fez questão de sublinhar o agradecimento ao trabalho júri liderado por Luís Coquenão, sobretudo na avaliação, seleção e organização de toda esta exposição, com mais de 100 obras.
O diretor artístico elogiou o espaço disponibilizado, como “o ideal para esta exposição”, aproveitando para esclarecer que “o prémio dos artistas é que as obras sejam vistas”. Já “os prémios são distinções subjetivas” e não podem condicionar a liberdade criativa.
Na cerimónia, o diretor regional do IPDJ Vítor Dias e o diretor-executivo do BPI António Gonçalves enalteceram “a associação da arte aos valores da democracia”, como “fator de promoção da liberdade e da participação ativa dos jovens” e como “mais-valia para a longevidade e desenvolvimento contínuo desta Bienal Internacional”.
Programa
Até 20 de dezembro, o programa da XIII Bienal Internacional de Arte Jovem compreende um conjunto de atividades culturais envolvendo diferentes parceiros, incluindo a estabelecimentos de ensino e a Biblioteca Municipal Prof. Machado Vilela.
Na próxima quinta-feira, dia 28, o Espaço Bienal vai acolher, às 10h00, o workshop “Artes, Escolas, Saídas Profissionais”, sob coordenação de Sandra Palhares, da Universidade do Minho, e Suzana Leite, do Plano Nacional das Artes.
Para 6 de zembro, às 21h00, está agendado um momento “À Conversa com Filipa Martins”, onde a jornalista vai falar da vida e obra de Natália Correia, sob moderação de Arnaldo Sousa. A palestrante é também autora da biografia de Natália Correia “O Dever de Deslumbrar”.
A 12 de dezembro, às 10h, o programa da Bienal contempla a apresentação das “Curtas – Artista Residente do Plano Nacional das Artes”, sob coordenação de João Ventura. No dia seguinte, das 15 h às 16h30, o teatro estará no centro das atenções, num workshop ‘Panos – VerdEmCena – Exploração Dramatúrgica’, em torno de “Tulpa” de Mário Coelho.
A Bienal Internacional de Arte Jovem estará aberta ao público de terça a sábado, das 14h00 às 18h00. As visitas guiadas estão sujeitas a marcação prévia.
Neste período podem ainda ser visitadas as exposições de fotografia “Aquedutos de Portugal – Água e Património” e de pintura “A Arte de Crescer – Do primeiro traço ao presente, na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela.
Na Escola Secundária de Vila Verde, pode ser visitada a exposição de Fotografia “Para além do visível”, de Luís Braga Simões. Na EPATV-Escola Profissional Amar Terra Verde estão patentes a exposição de ilustração “Schools 4.0- Innovation in Vocational Education” de Olga Neves e a coleção de pintura “COVID em Arte” de Rui Silva.
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OBRAS E ARTISTAS PREMIADOS DA XIII BIENAL
Grande Prémio Bienal Internacional de Arte Jovem
“S/ Título”, Francisco Venâncio
Segundo Prémio Bienal Internacional de Arte Jovem
“Da série Na Casa do Corpo”, Nicoleta Sandulescu
Prémio Revelação
“Metamorfose”, Daniela Lemos
Menções Honrosas
“Estar na Pele, Estar na Árvore”, Luísa Barros Amaral
“Augusto Nobre”, Pedro Cunha
“Skateboarding park by the sea”, David Capela
“27-04-2022”, Maria Cunha Alegre
“Tenho medo que seja só o reflexo que me encanta”, Sarah Pripas
“Virgínia”, Joana Duarte
Júri
Luís Coquenão – Artista Plástico e Presidente do Júri
Manuel Dias de Barros – gestor público e cofundador da Bienal
Maciel Cardeira – artista Plástico e presidente da D’Arte
Jean Pierre Porcher – a arquiteto e artista plástico
Isaque Pinheiro – artista plástico
Rafael Ibarra – artista plástico
Eva Resende – artista plástica e vencedora da XII edição