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Inserido na Região do Minho, o concelho de Vila Verde alberga no seu seio dos mais pitorescos trechos desta região.
A beleza natural, fielmente traduzida no seu nome, Vila Verde, é recheada de grandes variedades de perspetivas visuais, sejam os caminhos cobertos com ramadas de videiras ou os aglomerados rurais de montanha, seja nos percursos viários de onde, regra geral, se vislumbram extensos panoramas.
Assenta este facto na diversidade morfológica, onde, a Norte, a barreira montanhosa forma um anfiteatro natural, o que concede ao concelho uma insolação excelente.
Se, da primitiva paisagem natural, grande parte foi alterada com a ocupação humana do território para satisfação das necessidades de cultivo, essa ocupação, de tão sabiamente integrada no meio ambiente, veio apenas enriquecê-lo, embora recentemente se venha assistindo a um processo de degradação da paisagem.
A zona baixa do concelho, constituída pelos vales dos rios Cávado e Homem e rios afluentes e ainda o vale do Neiva, foi sendo objeto de regularização para cultivo. As construções de habitação e de apoio agrícola constituem um habitat disperso, com grandes casas senhoriais ligadas à agricultura. Ligados a vias de comunicação e a mercados daí inerentes originaram-se pequenos aglomerados de cariz urbano: Vila de Prado, Vila Verde e Pico de Regalados.
A zona da meia encosta assiste a um processo de socalcamento e terraciamento do seu solo, enquanto na zona alta do território, mais montanhosa, a parca existência de solos propícios à agricultura gera o aparecimento de pequenos habitats concentrados, tais como Cabaninhas, Azedo, Mixões da Serra ou Porrinhoso.
A introdução de novas espécies da flora continental, atlântica e mediterrânea, que aqui encontraram ambiente propício ao seu desenvolvimento, veio pouco a pouco substituir a flora primitiva.
O pinheiro bravo e mais recentemente o eucalipto têm vindo a substituir o carvalho, o castanheiro e demais vegetação que dominava as áreas serranas. Este processo de substituição da flora, os incêndios, os efeitos dos pesticidas e ainda a caça desportiva têm sido a causa directa da diminuição progressiva de várias espécies de fauna regional (lobo, javali, corça, raposa, lebre, coelho, aves de rapina, galinholas, etc.), que, apesar de constituírem um elevado potencial cinegético, vêem hoje comprometida a sua sobrevivência.
Nas zonas altas subsistem áreas consideráveis onde os elementos primitivos ainda prevalecem, merecendo um cuidado especial na sua proteção.