Home » Notícias » SEMANA DA FLORESTA AUTÓCTONE – Zona de Lazer da Ponte Nova acolheu Ação de sensibilização “Espécies invasoras: como as reconhecer e combater”
“A preservação das espécies autóctones deve ser uma preocupação e uma luta de todos”
Alunos da Escola Secundária de Vila Verde assistiram à Ação de sensibilização “Espécies invasoras: como as reconhecer e combater “, que decorreu esta tarde (19 de novembro) no Rio da Ponte Nova, na freguesia da Loureira, no âmbito da Semana da Floresta Autóctone.
A atividade começou com a intervenção da Vereadora da Cultura, Educação e Ação Social, Drª Júlia Fernandes, que elogiou a forma como se encontram, atualmente, os rios do concelho de Vila Verde, demonstrando, no entanto, a sua preocupação em relação à permanência de algumas espécies invasoras.
«Este é um assunto verdadeiramente preocupante. A preservação das espécies autóctones deve ser uma preocupação e uma luta de todos.», afirmou a autarca
A Vereadora referiu ainda que «São estas espécies que conservam a paisagem natural caracterizante do nosso concelho e preservam os nossos valores históricos e culturais, fortalecendo o turismo, daí que seja muito importante proteger e preservar o património natural do nosso concelho».
Francisco Núñez, espanhol e Professor da Universidade de Coimbra, deu uma verdadeira aula ao ar livre aos alunos de duas turmas do 11º ano da Escola Secundária de Vila Verde.
«Antes de mais, é importante referir que as plantas de espécie invasora possuem altas taxas de crescimento, reprodução e dispersão, o que acaba por ser extremamente prejudicial para o desenvolvimento das plantas de espécie autóctone.», explicou o investigador
Após uma pesquisa no local, o Professor percebeu que na zona do Rio da Ponte, a Pinheirinha, no rio, e as Mimosas em terra, são as espécies invasoras que existem em mais abundância.
Além de ensinar a identificá-las devidamente, Francisco Núñez, demonstrou aos alunos o procedimento correto para as eliminar, deixando-os bastante atentos e interessados.
No caso das Mimosas ou Acácias, foi possível verificar no terreno que, efetivamente, esta espécie ocupou o lugar dos Castanheiros, não permitindo que eles vivam ou se desenvolvam.
Os alunos puderam, ainda, usufruir de uma interessante aula prática, onde o professor e a Equipa Municipal de Intervenção Florestal demonstraram como “matar” a espécie. A título de curiosidade, a forma mais eficaz de o fazer é retirar uma parte da casca da árvore, até à raiz, para assim travar a distribuição dos nutrientes necessários para a sua sobrevivência.
Segundo o Professor convidado pelo Município «O ideal é que se mantenha uma vigilância atenta durante alguns meses às árvores intervencionadas, pois é preciso muito pouco para que elas desenvolvam casca novamente.»
Amanhã as atividades continuam na Escola Básica de Turiz, com uma demonstração de meios de prevenção e combate a incêndios florestais.
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