Presidentes de Junta procuram sensibilizar Presidente da República e Primeiro-Ministro para urgência na construção da Variante a Vila Verde
Updated on 17/03/2022Um grupo de presidentes de Junta do concelho de Vila Verde decidiu apelar à intervenção do Presidente da República e do Primeiro-Ministro para ajudarem à concretização da variante à EN 101 em Vila Verde, vincando a “revolta” das populações face à necessidade e urgência da infraestrutura reclamada há várias décadas.
Autarcas entregaram missiva no Congresso Nacional da AANAFRE
No âmbito do XVIII Congresso Nacional da ANAFRE que decorreu em Braga, 14 autarcas vilaverdenses subscreveram uma missiva onde explicam a “situação absolutamente insustentável do concelho devido ao bloqueio em que se encontra ao nível das infraestruturas rodoviárias, designadamente devido ao estrangulamento diário e permanente na EN 101”.
“Porque a situação se torna já intolerável e porque sabemos que cada vez mais movimentos populares estão a reclamar e a propor manifestações de revolta, decidimos apelar à melhor intervenção de Vª Ex.cia”, refere a missiva entregue diretamente ao Presidente da República pelo presidente da Junta da Loureira, em representação do grupo de autarcas. A carta foi também dirigida ao Primeiro-Ministro, tendo sido entregue à ministra da Administração do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão.
Os autarcas lembram que “a construção da Variante à EN101 que atravessa o centro da vila-sede do concelho de Vila Verde é uma causa assumida como prioritária há mais de 30 anos pela população e pelas instituições deste concelho, assim como autoridades e instituições tutelares da área das infraestruturas do Estado”. Contudo, as ações desenvolvidas em favor desta obra nunca tiveram qualquer resultado prático.
“A acessibilidade à sede do concelho de Vila Verde e à zona Norte estão fortemente condicionadas pelas caraterísticas desta via, que se encontra congestionada pelo volume excessivo de tráfego e pelas características do território atravessado que a tornam numa via urbana. Esta situação cria filas de espera com demoras excessivas e provoca insegurança, não só para os automobilistas, mas também para os peões. É igualmente o maior entrave ao crescimento e desenvolvimento económico, como publicamente reconhecem as empresas instaladas e as empresas que têm manifestado interesse em instalar-se nesta região”, explicam os presidentes de Junta.
Chama ainda a atenção para o congestionamento da EN 201, que “atravessa o concelho pela área oeste e com ligação entre Braga e o concelho de Ponte de Lima, assim como a área leste do concelho de Barcelos, com passagem pela ponte românica da Vila de Prado onde o tráfego é alternado e regulado por semáforos”.
Os autarcas recordam que “já em junho de 2011 e de acordo com o Estudo de Avaliação da Rede Rodoviária do Alto Minho, da responsabilidade do InIR”, a construção da variante a Vila Verde se apresentava “fundamental e urgente”, avançando com cenários possíveis para o traçado.
A EN 101 já apresentava, há 10 anos atrás, “um nível de utilização elevado, ou seja, volumes de tráfego identificados a atingir os 20.000 veículos dia ‘acolhidos debilmente pela infraestrutura existente”.
Em diversas tomadas de posições públicas dos órgãos executivos e deliberativos do Município de Vila Verde – incluindo moções e deliberações aprovadas por unanimidade pelo Executivo Camarário e pela Assembleia Municipal – e em várias missivas sem qualquer resposta dirigidas aos senhores primeiros-ministros, ministros da tutela e aos diretores executivos das Infraestruturas de Portugal, o Município de Vila Verde e as Juntas das freguesias abrangidas procuraram sensibilizar para esta necessidade premente, sob pena do desenvolvimento do Concelho de Vila Verde e o aumento do bem estar da sua população serem colocados em sério risco.
Contudo, os sucessivos Orçamentos do Estado e planos de investimento em infraestruturas – incluindo o mais recente PRR – têm continuamente desvalorizado a construção desta variante, o que coloca Vila Verde numa situação de exceção, uma vez que se trata de um município com mais de 46 mil habitantes e que é caso único no país um município da sua dimensão continuar sem uma variante ao núcleo urbano.
Os autarcas vilaverdenses assumem que a pretendida Variante a Vila Verde “contribuirá de forma decisiva para o fim dos engarrafamentos diários e para o estrangulamento da circulação automóvel, nos dois sentidos de trânsito, desde o limite sul do concelho ao centro urbano de Vila Verde, sobretudo em horas de ponta, em que enfrentamos um autêntico calvário. Irá igualmente promover o aumento da competitividade das empresas, valorizar o tecido empresarial e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e da população Vilaverdense em geral”.
de de vida dos trabalhadores e da população Vilaverdense em geral”.