Pica-no-chão atrai a Vila Verde chefs da gastronomia nacional para “Jantar das Cabidelas”
Atualizado em 05/07/2022O arroz de pica-no-chão vai estar no centro das tenções no “Jantar das Cabidelas” que vai juntar, no concelho de Vila Verde, vários chefs de diferentes regiões da gastronomia portuguesa. O evento, que proporcionará o serviço à mesa de diversos tipos de cabidelas, está agendado para o próximo dia 28 de abril, no Restaurante Torres, em Ponte S. Vicente.
“É um evento gastronómico único e fantástico, que vem reconhecer a qualidade da gastronomia do Minho e em particular de Vila Verde, com uma especial referência para o nosso típico e genuíno pica-no-chão”, afirmou o vice-presidente da Câmara Municipal, Manuel Lopes, na apresentação pública da iniciativa.
Será a primeira vez que o “Jantar das Cabidelas” ocorrerá no norte do país, resultado de um esforço reconhecido do empresário Fernando Torres junto da Ordem da Cabidela, uma organização criada pelas Edições do Gosto para a promoção de “um doas pratos mais tradicionais e emblemáticos da cozinha portuguesa”.
No restaurante em Ponte S. Vicente estarão os chefs António Bóia, António Loureiro, José Júlio Vintém, José Vinagre, Carlos Torres e Martinho Freitas, que vão assinar pratos como empadinha de cabidela de galo, cabidelas de pombo, de vitela, das favas e de pica-no-chão. Com 93 anos de idade, Augusta Torres marcará também presença como “criadora da receita da cabidela do pica-no-chão no Restaurante Torres”.
O jantar, com limitação imposta para 150 pessoas, inclui uma seleção dos queijos vilaverdenses Moinhos Novos nas entradas. Num jantar com animação a cargo de Augusto Canário e Cândido Miranda, para a sobremesa está reservada o travesseiro do Abade, uma iguaria assinada por Isaura Torres e feita à base da massa do pudim Abade de Priscos.
Incentivo ao processo de certificação
O “Jantar das Cabidelas” é encarado como mais um incentivo no processo que o Município de Vila Verde tem em curso para a certificação do Pica-no-chão. Manuel Lopes explicou que neste momento está a decorrer a análise e avaliação das especificidades dos ingredientes que caracterizam a forma de cozinhar o Pica-no-chão à moda de Vila Verde.
O vice-presidente do Município adiantou que esse trabalho está a ser realizado pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), vincando a necessidade de assegurar um conjunto de normas que ajudem a consolidar as garantias de qualidade e autenticidade do prato típico vilaverdense, com particular atenção para a origem do frango.
“É um recurso e uma oportunidade para reforçarmos a estratégia de valorização dos nossos produtos locais e estimularmos a economia local”, sublinhou Manuel Lopes, enaltecendo o trabalho desenvolvido pela restauração do concelho, nomeadamente pelo Restaurante Torres, pela afirmação do Pica-no-chão como um ex-libris do concelho e fator positivo de desenvolvimento do território.
A Associação Comercial de Braga também se associa “Jantar das Cabidelas” do próximo dia 28, com Rui Marques a elogiar a capacidade empreendedora da gastronomia minhota como mais-valia para a dinamização da economia, e particularmente do turismo, na região. O líder associativo elogiou também o papel de Fenando Torres e da família na valorização da gastronomia, assumindo-se como verdadeiros embaixadores da cozinha tradicional do Minho e também do país.
Município de Vila Verde, 13.04.2022