MARÇO, MÊS DO AMBIENTE – Palestra sobre Lixo Marinho alerta para o problema de lixo flutuante nos oceanos
Atualizado em 18/03/2017No âmbito da iniciativa Março, Mês do Ambiente, o Município de Vila Verde em parceria com Escola Profissional Amar Terra Verde realizou, na tarde do dia 17 de março, uma palestra intitulada “Plataforma OX17/LIXO Marinho do Lixo Marinho”, no Auditório da Escola Profissional Amar Terra Verde.
Durante esta palestra uma investigadora da Universidade de Aveiro, Sara Sá, abordou os principais resultados do estudo que tem vindo a desenvolver ao longo do seu percurso académico sobre o lixo marinho flutuante. Esta referiu que ao todo foram registados mais de 750 mil objetos, sendo o plástico o principal poluente registado na zona económica exclusiva portuguesa.
Neste estudo verificou que era na zona norte onde se verificava uma maior abundância, densidade e variedade de tipo de lixo. Estima-se que 20% desse lixo tenha origem marinha e os restantes 80% tenha origem terrestre, provindo de rios, estuários, cheias e descargas de águas pluviais, sistemas de drenagem domestica e industriais, lixo deixado pelos banhistas e materiais provenientes de aterros costeiros. Esta explicou ainda quais os impactos que este lixo marinho provoca nos seres vivos, seja devido à ingestão de lixo ou devido ao emaranhamento em redes e plásticos presentes na coluna de água.
Por fim, esta investigadora propôs algumas ações que poderão contribuir para a redução deste problema, referindo a necessidade de não deitar lixo no chão, nem o deixar na praia; reutilizar os sacos plásticos, reutilizar a garrafa de água, usar a própria caneca/chávena em vez dos copos plásticos; recusar talheres de plástico, partilhar estes conselhos e participar em ações de limpeza de praias.
No final, esta técnica passou um vídeo ilustrativo e fez um quiz à plateia por forma a avaliar os seus conhecimentos relativamente ao lixo marinho, questionando, por exemplo o tempo que os resíduos se demoram a degradar: garrafa de água (400 a 500 anos), beata de cigarro (2 a 5 anos) e do esferovite (1milhão de anos).