Mais de seiscentos tocadores de concertina para fechar com chave de ouro a Festa das Colheitas 2018!
Atualizado em 08/10/2018Vila Verde fervilhou de vida durante cinco dias consecutivos com a edição de 2018 da Festa das Colheitas. De 3 a 7 de outubro, a XXVII Feira Mostra de Produtos Regionais foi um verdadeiro motor de sentimentos e emoções, uma homenagem à cultura tradicional representada por dezenas de iniciativas com temáticas diversificadas. Os produtos frescos do campo e os animais vivos, a gastronomia regional e as recriações de práticas ancestrais, os espetáculos de música ao vivo e o artesanato, entre muitos outros, espelharam de forma cristalina a vitalidade dos hábitos e dos costumes locais. Ontem, 7 de outubro, celebrou-se o último dia das festividades e, uma vez mais, Vila Verde foi invadida por um mar de gente. E não seria caso para menos. Vindo de vários pontos do país, mais de seiscentos tocadores participaram no XXII Encontro de Tocadores de Concertinas e puseram o recinto a cantar e a dançar ao som da música popular, que fechou com chave de ouro a edição de 2018 do certame. Em simultâneo, a famosa corrida de cavalos fazia as delícias dos amantes da arte equestre. As esculturas e desportos em madeira também foram uma agradável surpresa para o público que apreciou a novidade. Durante o dia, destaque ainda para o Passeio de Cicloturismo, a Concentração de Carros Clássicos, a Mega Aula de Zumba, a Missa das Colheitas e o Festival Gastronómico.
“É um evento que mobilizou e continua a mobilizar muita gente”
O presidente do Município de Vila Verde, António Vilela, não escondeu a satisfação com o sucesso da 27ª edição de um dos maiores certames nacionais dedicados à tradição da cultura popular. “Este é o evento maior da Rota das Colheitas, uma programação que começa em agosto e termina em novembro. Vivemos aqui momentos únicos. Tivemos pisadas de uvas, desfolhadas, um magusto… Além disso, ainda ontem a Festa do ‘Caurdo’ juntou mais de três mil pessoas para saborear os nossos caldos tradicionais”, afirmou o edil, deixando também uma palavra de apreço para “os expositores, particulares e instituições que se associaram ao evento e a todos os visitantes que nos brindaram com a sua presença”. António Vilela vincou também a importância da ‘rainha do Minho’ na cultura popular da região: “É um instrumento que mobilizou e continua a mobilizar muita gente, quer no palco quer na praça. Deixo uma palavra de agradecimento a todos os que continuam a apostar na música como forma de preservar a nossa cultura e a transmitir esse conhecimento às gerações mais jovens!”. Por sua vez, o representante do Rancho Típico Infantil de Vila Verde, António Malheiro, deixou uma palavra de agradecimento aos vários grupos de tocadores de concertinas e vincou a importância da presença de todos os vilaverdenses e visitantes: “Uma casa composta por um público maravilhoso. Sem vocês, não valia a pena”.
Desporto, carros clássicos, cavalos e muitas concertinas!
O último dia das Festas Colheitas chegou, mas não foi por isso que a folia abrandou. Logo pela manhã, o recinto da Feira Mostra concentrou vários amantes do exercício físico para o passeio de cicloturismo, organizado pelo Cicloclube de Vila Verde. Meia hora mais tarde, o desporto e a solidariedade aliaram-se e realizou-se uma Mega-Aula de Zumba com dezenas de mulheres e alguns homens e crianças a dançar divertidamente. A iniciativa foi organizada pela Rede Social do Município de Vila Verde e gerou uma receita que reverteu a favor da Associação Conviver. Entretanto, o espaço recebia também espaço a concentração e desfile dos carros clássicos. Com o vermelho em predominância, várias relíquias do mundo automóvel captaram de imediato a atenção dos visitantes. Pelo terceiro e último dia, as esculturas em madeira de Emanuel Curtot foram motivo de curiosidade e de admiração de muitas pessoas. No período da manhã, decorreu também a final do concurso Desportos em Madeira – ‘Timbersports’. Uma novidade no programa deste ano que, desde do princípio, cativou o interesse do público, originando reações entusiásticas do público com fortes aplausos e palavras de força para os concorrentes.
Muito devotos na Missa das Colheitas
Devotos, escuteiros, elementos de grupos culturais e coro, encheram a igreja paroquial de Vila Verde para a Missa das Colheitas. A igreja apresentou-se ainda mais resplandecente, com uma decoração em que pontuavam produtos agrícolas entrelaçados com flores coloridas.
Mais de 600 tocadores mostram que a música tradicional está bem viva
Posto isto, foi hora de aconchegar o estômago com a excelência da gastronomia regional promovida pelo 13º Festival Gastronómico. Largos milhares de visitantes passaram pelos restaurantes e tasquinhas do recinto durante estes cinco dias para saborear as iguarias da gastronomia. Com o estômago confortado, tempo para desgastar calorias e dançar ao som dos acordes animados da rainha da música popular: a concertina. Foram mais de 600 tocadores de quarenta grupos culturais que passaram pelo recinto da Feira Mostra para mostrar que a música tradicional está bem viva. O público não se fez rogado, compareceu em massa e brindou os tocadores com chuvas de aplausos.
Corrida de Cavalos com centenas de pessoas a vibrar
Ao mesmo tempo, a rua dos Bombeiros recebeu a adrenalina da célebre Corrida de Cavalos com centenas de pessoas a vibrar. Organizada pela Associação Amigos do Cavalo-Passo Travado, a prova foi cronometrada de forma individual e contou com participantes vindos da vizinha Espanha, mais concretamente da Galiza. Para finalizar o dia, Vasco Carvalho, com o apoio do Município de Vila Verde, da STIHL e da TIMBERGARDEN organizaram uma demonstração de Desportos em Madeira ‘Timbersports’ para explicar a atividade com maior detalhe ao público presente. Integrada da programação turística-cultural da Rota das Colheitas, promovida pelo Município de Vila Verde, a Feira Mostra de Produtos Regionais chegou ao fim com a missão cumprida de honrar as raízes da tradição e da cultura vilaverdense.
Município de Vila Verde, 8.10.2018
GALERIAS FOTOGRÁFICAS
CONCURSO DE DESPORTOS EM MADEIRA
CONCENTRAÇÃO DE CARROS ANTIGOS