Extraordinária exposição de arte lança jovens talentos
Atualizado em 17/11/2022XII Bienal Internacional de Arte Jovem está aberta ao público em Vila Verde
Está aberta ao público a XII Bienal Internacional de Arte Jovem. São 104 obras, de 102 autores nacionais e internacionais, que podem ser visitadas no edifício requalificado da antiga escola primária de Vila Verde. Numa edição que bateu todos os recordes, sobressai a imensa qualidade e grande variedade artística de jovens talentos.
“É extraordinária a qualidade das obras, o que evidencia bem o talento destes jovens e o trabalho de qualidade que está a ser feito nas escolas”, destacou a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, na abertura da exposição.
Apontando a Bienal como “excelente rampa de lançamento para os jovens se afirmarem no mundo da arte”, a autarca valorizou a importância do evento para a valorização e afirmação de novos talentos, com impacto especial em tempos de crise. Nesse contexto, Júlia Fernandes deixou uma mensagem de “fé, esperança e resiliência”, para que não desistam dos sonhos e possam superar as dificuldades.
“Depois de uma crise pandémica, entramos num período marcado pelos efeitos da guerra, sentimos o mundo instável e problemas, mas não devemos deixar que a arte fique relegada para segundo plano, porque é ela que nos ajuda a viver e a enfrentar muitas vezes os dias mais negros no mundo que nos rodeia”, partilhou a presidente da Câmara.
Qualidade
Numa cerimónia de abertura que contou com momentos musicais interpretados por jovens da Academia de Música de Vila Vede, a exposição da XII Bienal pôde ser visitada por dezenas de pessoas que fizeram questão de apreciar as obras distribuídas pelas diferentes salas do futuro Centro de Promoção da Gastronomia e Ciências Gastronómicas.
O diretor artístico e presidente do júri, Luís Coquenão, reconheceu o trabalho difícil de seleção e distinção das obras, face à imensa qualidade. Para lá da subjetividade que se impõe na arte, valeu a apreciação técnica das obras. Foram distinguidas 10 obras – juntando as quatro premiadas e as seis menções honrosas –, com “um nível de qualidade extremamente aproximado”.
Com Luís Coquenão, integraram o júri desta Bienal os artistas plásticos Maciel Cardeira, Jean Pierre Porcher, Isaque Pinheiro e Rafael Ibarra.
O Grande Prémio da Bienal foi, mais uma vez, patrocinado pelo Banco BPI, que através do gerente do balcão de Vila Verde, Mário Lopes, assumiu a responsabilidade social da instituição que ao longo os últimos 20 anos tem colaborado para a concretização de um evento cuja excelência é comprovada pelo seu contínuo crescimento.
Eva Maria Moreira Resende (com “Destroying Memorie Serie”) e Laura Pinto da Mota (com “Sei que muitos dias acordas e desejas estar completo/Aos Teus Pés”) que venceram, ex-aequo, o Grande Prémio da Bienal.
O Município de Vila Verde assumiu o segundo prémio, atribuído a Maria Luísa Carvalho, pela obra “Pétalas de Luz”.
O Instituto Português do Desporto e da Juventude, através da Direção Regional do Norte, é um dos parceiros da Bienal, patrocinando o Prémio Revelação para autores até aos 20 anos de idade, que distinguiu a obra de Maria de Monserrate Costa, “Sinfonia num Lugar de Tensão”.
As menções honrosas foram atribuídas a obras de Lucas Varillas Fernández, Pedro Gramaxo, Rui Filipe Freitas Ferreira, Sally Santiago, Susana Cristina Ferreira de Carvalho, Maria Luzia Almeida Cunha de Alegre e Silva.
Da XII Bienal Internacional de Arte Jovem são ainda parceiros a Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela e da Associação D’Arte – Associação de Jovens Artistas de Vila Verde.
Município de Vila Verde, 13.11.2022