A Biblioteca Prof. Machado Vilela acolhe amanhã, às 21h00, a inauguração das exposições “A Dança das Cores”, da artesã Maria Carvalho e “Espiritualidade Feminina” da pintora Sílvia Sampaio.
São duas mulheres, duas artistas plásticas, com técnicas e projetos diferentes que exprimem distintas formas de viver e sentir o feminino. É um mundo surpreendente e maravilhoso aquele com que o nosso olhar se depara diante dos trabalhos de recriação de técnicas artesanais e populares da tradição portuguesa, transformadas em objetos de arte contemporânea na expressão de Maria Carvalho, ou das expressões da espiritualidade feminina retratada em simbólica representação da cultura de cada povo, de cada região e de cada continente, tal como ficou gravada na memória coletiva, de geração em geração, pelo pincel de Sílvia Sampaio.
A artista licenciada nasceu na Alemanha, mas a mãe é portuguesa. Os trabalhos contêm primordialmente a cerâmica, o bordado de Guimarães, as Rendas de Bilros de Vila do Conde e o crochê, técnicas aprendidas em Portugal. Capta a alma portuguesa de uma forma mais intensa, trabalhando as práticas artísticas tradicionais. Tenta transmitir as saudades que tinha do país: “criei uma imagem na Alemanha daquilo que é português, tudo o que é folclórico, com muitas cores e movimento”. Em 2012 emigrou para Portugal e tirou os cursos básicos de cerâmica no Ar.Co em Almada e com no ateliê de Rita Gonçalves no Porto. Participou no programa residencial “international design-pool” da Vista Alegre em 2015 em Ílhavo. E em 2018 viajou para 3 meses ao Norte do Japão para aprender sobre as técnicas de cozer com forno à lenha em alta temperatura. A sua obra esteve recentemente exposta da Casa das Artes e na galeria metamorfoses, no Porto, e no Museu de Olaria de Barcelos.
Natural de Lisboa, desde muito jovem que o objetivo de vida foi sempre o de desenvolver o desenho e a pintura.
Frequentou a escola secundária de artes António Arroio, o curso de Pintura da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, o curso de pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes, além de outras formações em áreas artísticas, como em desenho para figurinos para teatro, no cinema de animação tradicional, em artesanato, além de formações noutras áreas, incluindo dois workshops de desenho e pintura realista da escola canadiana ARA (Academy of Realist Art of Toronto).
Participou em várias exposições individuais e coletivas tais como na inauguração da revista “Portugueses”, participei numa exposição colectiva na Sociedade Nacional de Belas Artes, também expus no Palácio da Independência, na 39 Galery, na Galeria Art In, entre muitas outras. Executou cenários pintados para as sessões do Planetário Calouste Gulbenkian e fiz várias pinturas murais de diversas temáticas em casas particulares.
Tem atualmente um trabalho de pintura exposto no Santuário da Atalaia.