Consagração dos vencedores da 9ª Bienal Internacional de Arte Jovem nos Paços do Concelho – Vila Verde é uma vila cada vez mais criativa!
Updated on 17/07/2016O coração de Vila Verde foi inundado por uma onda de arte criatividade, inovação e talento com as dezenas de propostas elaboradas por jovens artistas (sub-35) nacionais e internacionais (Espanha e México) para o concurso e exposição da 9ª Bienal Internacional de Arte Jovem. Uma iniciativa que contribui de forma categórica para elevar a cultura e promover o desenvolvimento de jovens artistas e, em simultâneo, permite à população contactar com diversas formas artísticas inovadoras e modernas, aumentando o número motivos de interesse do concelho para vilaverdenses e visitantes, contribuindo diretamente para a promoção e desenvolvimento do território. No final da tarde do passado sábado, 16 de julho, o Salão Nobre dos Paços do Concelho recebeu a Cerimónia de Entrega de Prémios e consagração dos vencedores. De seguida, teve lugar a sessão de encerramento da mostra artística com uma visita guiada à exposição que, de 02 a 16 de julho, esteve patente na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela.
A jovem artista Alexandra Rafael, de Coimbra, conquistou o Grande Prémio da 9ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, com a sua instalação ‘Recolhas’. O segundo prémio foi para Filipe Cortez, com o trabalho ‘Collection’. Destaque também para dois primeiros lugares, em ex aequo, no Prémio Jovem Revelação. O júri premiou as obras ‘Nem Preto, Nem Branco’, da Escola Secundária de Vila Verde, e ‘Poéticas de Luz’, da Escola Monsenhor Elísio de Araújo. Nota de realce ainda para as 4 Menções Honrosas, atribuídas às obras ‘Migrante’, de Alexandre Carvalho, ‘Ubicácion Água’, de Omar SM, ’10 Chifres’, de Bessa Oliveira, e ‘Dissecação’, de Joana Couto. A 9ª Bienal Internacional de Arte Jovem foi organizada pelo Município de Vila Verde, com a colaboração da associação D’Arte e do Instituto Português do Desporto e da Juventude, tendo o BPI como principal patrocinador.
Obra de arte de homenagem ao canoísta na Vila de Prado
Presente na sessão, o presidente do Município de Vila Verde começou por deixar um agradecimento sentido a patrocinadores, funcionários, artistas, júri… enfim, todos os que de alguma forma se envolveram neste projeto e contribuíram para o seu sucesso. António Vilela aproveitou também a ocasião para anunciar que será inaugurada brevemente uma nova obra de arte no concelho de Vila Verde, uma escultura de homenagem aos atletas da modalidade da canoagem que têm elevado o nome de Vila Verde em competições nacionais e internacionais. Mais uma prova inequívoca de que a promoção da cultura e da arte é um desígnio que extrapola o âmbito desta iniciativa e é uma meta almejada de forma sistemática pela edilidade vilaverdense.
“Criar oportunidades para que os nossos jovens exponham o seu talento”
O autarca fez ainda questão de congratular todos os participantes, recordando que “a vida é feita de lutas e desafios, às vezes é preciso muita persistência para vencer”. “Espero que estes jovens conheçam o caminho do sucesso. É natural que nem sempre vençam e que surjam dificuldades, mas não devem desanimar perante a adversidade. Procuramos através desta iniciativa criar oportunidades para que os nossos jovens exponham o seu talento. A Bienal na Escola, que se desenvolve em alternância com a Bienal de Arte Jovem, também tem dado um grande contributo para levar a arte e cultura aos nossos jovens”, referiu António Vilela, recordando a senda promocional de alto nível que tem sido levada a cabo pelo Município vilaverdense. “Temos dois grandes eventos internacionais em Vila Verde durante este mês de Julho, A Bienal e a Taça do Mundo de Maratonas em Canoagem. São momentos altos, dos quais nos orgulhamos, que só são possíveis graças às fortes parcerias estabelecidas com associações e instituições locais.
“São virtudes tradicionais e virtualidade criativa”
Por sua vez, o coordenador artístico do evento e presidente do júri, o pintor Luís Coquenão, sublinhou que se trata de um evento “ de grande interesse cultural” para o concelho e para toda a região, apresentando de seguida a sua visão resumida sobre o mundo da arte. “São virtudes tradicionais e virtualidade criativa. A tradição é importante, sobretudo para pintores, escultores e músicos, que trazem consigo uma tradição muito maior que propriamente a nova geração das novas tecnologias. É virtualidade criativa porque representa algo que ainda está por construir”, afirmou: depois de deixar uma nota de louvor à Câmara Municipal de Vila Verde por ter acarinhado e desenvolvido o projeto, o artista pradense dedicou algumas palavras aos participantes. “Agradeço a todos os artistas que concorreram e espero que mais tarde se orgulhem de terem começado também aqui e de terem participado nesta Bienal”, concluiu.
Tempo ainda para a intervenção de um dos parceiros do evento, Maciel Cardeira, presidente da associação D’Arte, que aproveitou para prestar homenagem a duas talentosas artistas que já nos deixaram. “Vera Lúcia, uma vilaverdense que trabalhava como empregada de limpeza e que fazia questão de participar em todas as bienais e Carina Rafael, vencedora do prémio Escultura da 2ª Bienal e que entretanto emigrou para Londres”, referiu. Maciel cardeira lembrou ainda que promover a cultura e combater a ignorância são lutas que devem ser travadas diariamente, “enquanto agentes culturais, artistas, pensadores e criativos temos essa responsabilidade”.