Bienal Internacional de Arte Jovem bate recordes de participação
Atualizado em 04/11/2022Exposição abre no próximo dia 12, em Vila Verde, com mais de uma centena de obras de jovens artistas nacionais e estrangeiros
Com a maior participação de sempre, a XII Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde abre ao público no próximo dia 12, com uma exposição alargada a mais de uma centena de obras, por forma a corresponder à “imensa qualidade” reconhecida pelo júri nos trabalhos apresentados a concurso.
“Este é um espaço privilegiado para a afirmação e o reconhecimento público de jovens autores de arte, assumindo importância redobrada na afirmação de Vila Verde como território de excelência”, afirmou a presidente da Câmara Municipal, Júlia Rodrigues Fernandes, na apresentação do certame.
A consolidação da Bienal como evento artístico de referência internacional foi enaltecida pela autarca, que fez questão de elogiar o trabalho da direção artística, liderada por Luís Coquenão, com um trabalho intenso na avaliação dos 194 projetos de 120 concorrentes de Portugal e países como Espanha, Eslovénia, Polónia, Brasil e Angola.
Foram selecionadas 104 obras de diversas modalidades artísticas (fotografia, pintura, instalação, escultura e vídeo) , da autoria de 102 artistas, que a partir do dia 12 ser apreciadas até 16 de dezembro, nas instalações da antiga escola primária de Vila Verde – agora requalificada para ser um Centro de Promoção Gastronómica e Ciências Gastronómicas.
“A Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde distingue-se como espaço cultural de interação e uma oportunidade para valorizar e projetar novos talentos”, frisou Júlia Fernandes, numa conferência de imprensa que contou ainda com a participação dos vereadores Manuel Lopes, Michele Alves e Patrício Araújo.
Qualidade e diversidade
Luís Coquenão conduziu a uma visita à exposição das obras e aproveitou para explicar o trabalho árduo de avaliação do júri, “com várias gerações e ligado a diferentes áreas da arte, da escultura à pintura, fotografia e vídeo.
Reconhecendo a grande diversidade de opiniões do público em geral, Coquenão fez questão de justificar as opções do júri e anotar que, “para lá das apreciações técnicas, a arte vive essencialmente da emoção e do sentir”.
Da avaliação do júri – que integra ainda os artistas plásticos Maciel Cardeira, Jean Pierre Porcher, Isaque Pinheiro e Rafael Ibarra –, destacaram-se os dois trabalhos de Eva Maria Moreira Resende (“Destroying Memorie Serie”) e Laura Pinto da Mota (“Sei que muitos dias acordas e desejas estar completo/Aos Teus Pés”), que venceram, ex-aequo, o Grande Prémio da Bienal, patrocinado pelo Banco BPI.
O segundo prémio foi para “Pétalas de Luz”, de Maria Luísa Capela Rodrigues Carvalho. O Prémio Revelação, patrocinado pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) para autores até aos 20 anos de idade, foi atribuído a “Sinfonia num Lugar de Tensão”, de Maria de Monserrate Ribeiro e Costa.
Aos premiados, juntam-se seis menções honrosas, que evidenciam a dimensão da qualidade dos trabalhos e da exposição. Luís Coquenão referiu mesmo que as obras distinguidas estiveram sempre num patamar aproximado no processo de avaliação do júri.
As menções honrosas incluem obras de Lucas Varillas Fernández, Pedro Gramaxo, Rui Filipe Freitas Ferreira, Sally Santiago, Susana Cristina Ferreira de Carvalho, Maria Luzia Almeida Cunha de Alegre e Silva.
Na organização desta Bienal – destinada a artistas nacionais e estrangeiros até aos 35 anos de idade –, o Município de Vila Verde conta com a colaboração da Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela e da Associação D’Arte – Associação de Jovens Artistas de Vila Verde, tendo ainda o apoio do Instituto Português do Desporto e da Juventude (Direção Regional do Norte) e do Banco BPI como patrocinador principal.
O programa inclui ainda a exposição dos artistas convidados da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira, que pode ser visitada até 7 de dezembro, na Biblioteca Municipal Prof Machado Vilela, em Vila Verde.