“As Competências não têm sexo…” abordadas no Dia Municipal da Igualdade do Género
Atualizado em 25/10/2017No âmbito da celebração do Dia Municipal para a Igualdade, que se assinalou ontem, 24 de outubro de 2017, o Município de Vila Verde apresentou ao Agrupamento de Escolas de Prado o desafio lançado pela CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género) para assinalar a efeméride promovendo uma sessão sobre “As competências não têm sexo…”. O desafio foi aceite e o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAG) convidou dois ilustres oradores para debater o tema, nomeadamente Joana Barbosa, que é piloto de ralis e compete no Campeonato Nacional de Ralis, tendo já participado neste ano no Rally de Portugal e Mário Ferreira, um técnico que presta apoio aos utentes do Centro Social Vale do Homem/Lar das Termas e que nos fez um detalhado retrato do seu quotidiano de cuidador sensibilizando também os mais novos para a necessidade de atender aos mais frágeis e idosos.
Numa conversa franca e informal e com a moderação da Tatiana Mendes (UMAR) e da Alexandrina Cerqueira (CMVV) os dois profissionais abordaram a temática do dia, responderam às questões pertinentes dos alunos, prestaram o seu testemunho de vida e de como lutaram pela sua realização pessoal e profissional.
Nesta sessão esteve também presente o Diretor do Agrupamento, professor José António Peixoto e participaram cerca de 85 alunos (do 4ºano do CE de Prado e de uma turma do 6ºano) e 12 adultos entre professores e técnicos especializados, da Escola e do CLDS 3G de Vila Verde.
A mensagem a reter com esta iniciativa foi a de que a igualdade é possível, que é um desafio de todos e cabe–nos a nós, todos, olhar para o Mundo, demonstrando a estas crianças e jovens que são capazes de concretizar as suas aspirações e que, quem os rodeia, deve permitir que exerçam esse direito de escolha.
Segundo os promotores esta sessão foi um contributo para o desenvolvimento do espirito crítico e interventivo dos nossos alunos, demonstrando que o determinismo social não é uma inevitabilidade, temos o livre arbítrio de fazer as nossas escolhas, de acordo com as nossas apetências, sem estarmos condicionados pelo facto de sermos meninos ou meninas.
Apesar dos muitos e variados esforços para a eliminação das desigualdades de oportunidades entre homens e mulheres, continuam a persistir estereótipos de que existem profissões mais talhadas para homens e para mulheres. As estatísticas disponíveis são claras e demonstram que existe uma clara sub-representação das mulheres em profissões técnicas (engenharias, tecnologias, forças militarizadas, segurança, etc), bem como algo semelhante da parte dos homens nas profissões dos cuidados e na área social (assistentes sociais, educadores infantis, etc.).