Vila Verde assume “determinação democrática” no “processo contínuo” de desenvolvimento
Updated on 25/04/2024Sessão comemorativa dos 50 anos da Revolução de Abril marcada pela mobilização de pessoas de diferentes gerações
As comemorações dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril mobilizaram hoje, em Vila Verde, movimentos e pessoas de diferentes gerações numa “verdadeira manifestação democrática, para valorizar a determinação no processo de construção de um concelho cada vez melhor para todas as pessoas”.
“Continuar Abril é uma missão permanente pela paz e pelo progresso das nossas terras e das nossas gentes”, projetou a presidente da Câmara Municipal, Júlia Rodrigues Fernandes, na sessão solene comemorativa, marcada por diversos momentos de animação cultural inspirados na Revolução dos Cravos.
A fanfarra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários liderou o cortejo popular desde a Praça do Município à Adega Cultural, onde decorreu a cerimónia que deu espaço à intervenção dos diferentes grupos políticos da Assembleia Municipal.
No balanço dos 50 anos da Revolução, sobressaiu o reconhecimento pela conquista da liberdade e da democracia como determinantes no processo de desenvolvimento do país, apesar das lacunas e do caminho que ainda é preciso fazer para assegurar o cumprimento pleno dos valores de Abril.
Neste “processo contínuo de concretização”, a presidente da Câmara apelou “à mobilização e à participação ativa de todos”. Exemplo disso, é o programa comemorativo do Município para os 50 anos da Revolução, que conta com a participação e o envolvimento de autarquias locais, associações e outras instituições, escolas e agrupamentos de escolas, empreendedores e Vilaverdenses em geral.
“Todos juntos, trabalhamos de forma articulada e em rede. Vamos continuar esta caminhada iniciada há 50 anos, por Portugal e por Vila Verde”, apontou a autarca, desafiando particularmente para o trabalho no concelho, que pretende “cada vez mais moderno e competitivo, mais justo e inclusivo, mais solidário e cada vez mais atrativo”.
Júlia Rodrigues Fernandes fez questão de sublinhar que “o Município de Vila Verde não tem virado a cara à luta nem regateado esforços na construção de um concelho em que todos possam viver cada vez melhor”.
Elencando um conjunto de investimentos municipais em curso, assumiu que “a saúde e a educação são áreas prioritárias e fundamentais para um desenvolvimento que coloca as pessoas sempre em primeiro lugar”.
“Estamos também a investir fortemente no reforço dos serviços básicos, como são as redes de saneamento e de abastecimento de água. Estamos a trabalhar para reforçar e melhorar a recolha e a gestão dos resíduos, com uma intervenção que queremos cada vez mais sustentável e valorizadora dos recursos naturais”, acrescentou a autarca.
A requalificação da rede viária municipal, que “foi fortemente penalizada por adversidades climatéricas”, mereceu uma referência especial nos investimentos da autarquia. O Município está também a trabalhar para “garantir novas alternativas ao nível das acessibilidades, como são o acesso ao Parque Industrial de Oleiros e o futuro Eixo Norte-Sul”. Sobre a pretendida construção da variante à EN 101 em Vila Verde, a presidente da Câmara adiantou que está “a intensificar os esforços e a luta”.
Apelo aos jovens
No encerramento das intervenções políticas, o presidente das Assembleia Municipal de Vila Verde, Carlos Arantes, deu especial atenção à juventude. De olhos postos no futuro, sublinhou o apelo à participação dos jovens na política e, de modo especial, nos atos eleitorais.
“Viver em democracia é, sobretudo, ter a oportunidade de escolher”, alertou Carlos Arantes, alertando que “o desinteresse pelo voto é um perigoso precursor da ditadura”. Por isso, desafiou a que todos se empenhem “sempre mais na democratização da liberdade”.
O presidente da Assembleia Municipal fez ainda questão de deixar uma palavra de apreço às pessoas que desempenham cargos públicos – fazendo referência especial à nomeação do vilaverdense José Manuel Fernandes como ministro da Agricultura e Pescas do atual governo.
Elencando alguns desafios que enfrentam a sociedade atual e aos quais “os decisores são chamados a dar resposta com responsabilidade”, Carlos Arantes frisou a importância de consolidar o processo de desenvolvimento, porque “só se é livre quando se tem direito à escolha, à saúde, à educação, à habitação, a direitos fundamentais para uma vida condigna”.
A sessão comemorativa abriu com um espetáculo de música e encenação interpretado pelo coro de Iniciação da Academia de Música de Vila Verde, a que se seguiram as intervenções políticas de Samuel Estrada (presidente da Junta de Atiães), Ricardo Cerqueira (do Bloco de Esquerda), Paulo Gomes (CDS/PP), Pedro Araújo (PS) e Manuel Barros (PSD).
O cantor Rogério Braga encerrou a cerimónia, depois da atuação da Escola de Música da Vila de Prado e da declamação de poemas vencedores do concurso ‘Poemas de Abril’ – por Tomé Dias, em representação do 3º ano da EB nº2 de Vila Verde, com o poema “No tempo pequenino dos meus avós”, e por Catarina Sousa e Mateus Sousa, com o poema “Flores de Liberdade” do 4º ano da Escola Básica Monsenhor Elísio Araújo.