CASA DO CONHECIMENTO – Celebrou o Dia Mundial da Diversidade Cultural, com o evento Património e Diversidade: uma abordagem plural
Updated on 25/05/2018A Casa do Conhecimento de Vila Verde celebrou a 23 de maio, o Dia Mundial da Diversidade Cultural, com o evento Património e Diversidade: uma abordagem plural.
O evento contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, da Vereadora da Educação, Cultura e Ação Social, Júlia Fernandes, da Diretora dos Museus D. Diogo de Sousa e dos Biscainhos, Isabel Silva, do Diretor do Museu Nogueira da Silva, Miguel Bandeira Duarte, do Diretor da Escola Secundária de Vila Verde, João Graça, de membros da Rede de Clubes Casas do Conhecimento, de professores do concelho e de alunos da Escola Secundária de Vila Verde e da Escola Profissional Amar Terra Verde.
Júlia Fernandes, Vereadora da Educação, Cultura e Ação Social deu início ao evento saudando todos os presentes, em especial a Diretora dos Museus D. Diogo de Sousa e dos Biscainhos e o Diretor do Museu Nogueira da Silva. Prosseguiu dizendo que a valorização da Cultura e do Património são essenciais para que a herança, as raízes e as tradições se perpetuem no tempo e nesse sentido o Município de Vila Verde tem desenvolvido um enorme trabalho, com inúmeras ações que protegem, promovem e divulgam o património material e imaterial do concelho. Referiu que Vila Verde tem um património de excelência e uma riqueza incalculável, tornando-se um ponto de atração turística muito procurado, estando muito bem classificado entre os motores de busca turísticos. Acrescentou que a divulgação e a promoção patrimonial e cultural contribui, também, para o desenvolvimento económico do concelho. Concluiu dizendo que “por isso, este ano para a comemoração desta data, apostamos no nosso território.”
A primeira comunicação, É a Cultura um caminho para uma Sociedade mais Feliz? foi da responsabilidade de Isabel Silva, que deixou a mensagem de que a “Cultura nunca se esgota” pois a essência de um valor cultural tem múltiplas explorações. Acrescentou que o Património “é um valor comum” que pertence às massas e não apenas a grupos restritos, como acontecia em tempos passados. A acessibilidades à Cultura e ao Património Cultural constitui-se um direito de todos os cidadãos. Terminou dizendo que a Cultura é o “ativo, é o valor permanente que a sociedade tem” e que por sua vez, é também “motor de desenvolvimento.”
De seguida, Miguel Bandeira Duarte, apresentou Um Museu na Cidadania Cultural começando por referir que “a Cultura é um ato diário que se expressa nas escolhas pessoais e nas relações interpessoais”, pois o interesse que cada um manifesta por determinadas áreas, tem sempre uma influência e uma referência cultural. Frisou que o Património Cultural tem uma forte dimensão emocional, dando como exemplo os Lenços de Namorados que perderiam todo o seu valor sentimental se passassem a ser bordados por máquinas. Concentrou-se nos Museus, como espaços culturais que se adaptaram à evolução dos conceitos e ao interesse do público, nunca perdendo a sua matriz. Encerrou a sua apresentação dizendo que os museus são um espaço de conhecimento e de partilha de conhecimento, que deve ser usufruído por todos os cidadãos.
Património e Tecnologias Digitais, foi a última comunicação da manhã, da responsabilidade de José Ismael Graça, Coordenador da Casa do Conhecimento evidenciando o contributo enriquecedor das tecnologias na Cultura e no Património, com exemplos de módulos e instalações da própria Casa do Conhecimento. Finalizou com a mensagem de que “a Casa do Conhecimento é um espaço interativo, onde se aprende de uma forma não formal, em que o acesso ao conhecimento se torna divertido.”
O Presidente da Câmara Municipal, António Vilela procedeu ao encerramento da sessão saudando todos os presentes e dirigindo um agradecimento especial aos palestrantes. Deixou expresso que “a Diversidade não deve ser obstáculo, mas um fator de agregação e crescimento. A Diversidade Cultural é uma riqueza dos nossos antepassados , temos o dever de a proteger, promover, valorizar e enaltecer e de torná-la um potencial de crescimento económico.” Apontou o grande avanço tecnológico como benéfico, desde que bem orientado, e a forma como ele está ao serviço de diferentes áreas, nomeadamente ao serviço da Cultura e do Património, tornando-o uma mais valia para a sua proteção e divulgação.
O Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvolvimento (DMDCDD), com comemoração oficial a 21 de maio, foi proclamado pela Assembleia Geral da ONU em 2002, para assinalar a aprovação em 2001 da Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural. A referida Declaração sublima a diversidade cultural à categoria de Património Comum da Humanidade, representando uma oportunidade para se aprofundar a compreensão e respeito por todas as expressões culturais. A Diversidade Cultural como Património da Humanidade, deve ser reconhecida e afirmada em benefício das gerações presentes e futuras. A Declaração da UNESCO, refere ainda, o livre acesso de todos à diversidade cultural como forma de conhecer e respeitar diferentes formas de estar, de pensar e de ser.